VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 17-29

ALIMENTAÇÃO DO MANDI, Pimelodus maculatus LACÉPÈDE, 1803 (OSTEICHTHYES, PIMELODIDAE), DE TRECHOS DOS RIOS JAGUARÍ E PIRACICABA, SÃO PAULO-BRASIL

Amália BASILE-MARTINS, MariaNavarro CIPOLLI, MárciaMaria GODINHO, Heloisa

O presente estudo, visando ao conhecimento de aspectos da alimentação do mandi, Pimelodus maculatus Lacépède, 1803, dos rios Jaguari e Piracicaba, foi realizado no período de julho de 1972 a junho de 1973. A extensão fluvial considerada, aproximadamente 120 quilômetros, foi dividida em três setores nos quais, através de coletas quinzenais, foram obtidos, entre machos e fêmeas, 674 exemplares. A análise das frequências de exemplares apresentando estômago vazio e com conteúdo mostra que entre os sexos não existem variações quanto a esse aspecto; maior número de estômagos vazios é encontrado na estação quente e, também, entre os indivíduos mais velhos. O conteúdo estomacal foi analisado através dos métodos de pontos e de ocorrência, constatando-se que o espectro alimentar de Pimelodus maculatus compõe-se de um número elevado de categorias. Integram a dieta organismos pertencentes a diversas comunidades aquáticas, bem como elementos de origem alóctone. Os principais componentes alimentares são matéria vegetal, insetos e "detritos". Variações na composição da dieta, em função das estações (fria e quente) são menos acentuadas que aquelas relacionadas à procedência e idade dos exemplares. Entre os exemplares mais velhos, para os quais o valor do coeficiente intestinal médio é mais baixo, observa-se acentuada tendência à ictiofagia

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