Desempenho e características da carcaça de bovinos com diferentes práticas de castração
Anjos, Mariana Moreira dosMiler, Vagno da SilvaBarboza, Bruno NascimentoQueiroz, Edicarlos OliveiraPazdiora, Bruna Rafaela Caetano NunesViana, Geysa AlmeidaPazdiora, Raul Dirceu
Objetivou-se com este estudo avaliar o desempenho e as características da carcaça de bovinos imunocastrados, em comparação a bovinos castrados e não castrados, suplementados em pastagem. Foram utilizados 36 bovinos, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em 3 tratamentos sendo: animais não castrados (ANC), animais castrados tardiamente pelo método cirúrgico (ACC) eanimais imunocastrados (AIC), com 12 repetições cada. A imunocastração foi realizada seguindo o protocolo de duas doses da vacina imunocastradora, com intervalo de 60 dias, promovendo um efeito castrado de 120 dias. Os animais foram mantidos em pastagem mista em sistema de criação extensivo utilizando um pastejo rotacionado, recebendo suplemento mineral nos primeiros 3 meses e ração específica para épocadeengorda nos conseguintes 3 meses, seguindo o padrão da propriedade. O período experimental total foi de 180 dias. Os dados foram submetidos ao teste de normalidade, análise de variância e as comparações de médias foram realizadas pelo teste de Tukey, exceto para a variável grau de acabamento que foi submetida ao teste de qui quadrado, a 5%. Os ganhos de peso médio diário e peso total, os pesos de carcaçaquente e fria e o rendimento de carcaça quente e fria não apresentaram diferenças estatísticas (P>0,05) para os animais submetidos a diferentes tratamentos. No entanto, a perda por resfriamento foi menor nos animais imunocastrados (P<0,05), seguidos dos castrados cirurgicamente e não castrados. Os animais imunocastrados e castrados cirurgicamente apresentaram melhor acabamento de carcaça (P<0,05) que osanimais não castrados. A temperatura inicial da carcaça foi menor (P<0,05) no grupo de imunocastrados enquanto para temperatura finalnão foi verificada diferenças estatísticas (P>0,05) para os animais submetidos a diferentes tratamentos. O pH final da carcaça foi maior(P<0,05) nos animais imunocastrados que nos castrados cirurgicamente, porém não diferenciaram (P>0,05) dos não castrados. Animais imunocastrados, em sistema de pastejo recebendo suplementação, apresentaram ganhos de peso e peso de carcaça semelhantes em relação a animais não castrados e castrados cirurgicamente, no entanto, com menores perdas ao resfriamento da carcaça.
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