Perfil de ácidos graxos em alimentos de clima tropical utilizados nas dietas para ruminantes
Augusto de Albuquerque Fernandes, SérgioRoberto Soares Mattos, WilsonVanessa Matarazzo, SoraiaAntônio Sundfield Gama, MarcoPazzanese Duarte Lanna, DanteVinícius Rosseto, Caio
O objetivo deste trabalho foi determinar o perfil de ácidos graxos em alimentos (concentrado e volumoso) utilizados por ruminantes em região tropical. Este experimento foi conduzido em cinco fazendas localizadas nos municípios de Pilar do Sul e Sarapuí, na região de Itapetininga, no Sul do Estado de São Paulo. A colheita das amostras dos alimentos em cada fazenda foi mensal, durante o período de abril a novembro de 2002. Adotou-se como critério, a amostragem dos alimentos que estivessem em uso na propriedade há pelo menos 15 dias antes da data de colheita. A quantificação dos ácidos graxos dos alimentos foi realizada através de cromatografia gasosa. O teor de lipídeos para as duas gramíneas estudadas variou de acordo com a estação do ano. Os teores dos ácidos graxos envolvidos com a biohidrogenação ruminal (ácidos linoléico e linolênico) foram menores na B. decumbens em relação a B. ruziziensis nos meses de julho (39,4% vs 68,2%) e novembro (51,6 vs 65,7%). O teor de extrato etéreo aumentou com o período das águas. O resíduo de cervejaria apresentou teor elevado de ácido linoléico (48,3%), sendo importante fonte de precursores para a biohidrogenação ruminal. A cana-de-açúcar (0,8%) e o capim-elefante (1,9%) são fontes pobres em extrato etéreo. A polpa cítrica é boa fonte de ácidos graxos polinsaturados (63,4%).
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