VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 105-114

Vacina de Salmonella typhimurium para controlar cepa brasileira de Salmonella heidelberg em frangos de corte

Hayashi, R. MTujimoto-Silva, AMuniz, E. CVerdi, RSantin, E

Infecções por Salmonella transmitidas por alimentos como consumo de carne de frango e ovos contaminados em seres humanos constituem um importante problema de saúde pública. A vacinação de animais contra Salmonella é uma estratégia para prevenir essas infecções e reduzir o risco para a saúde pública. As vacinas vivas atenuadas de Salmonella enterica podem conferir proteção contra a salmonelose, induzindo respostas imunológicas mediadas por células e em mucosas. Este estudo avaliou uma vacina viva e atenuada de Salmonella enterica Typhimurium (ST) em frangos de corte contra um desafio heterólogo com Salmonella Heidelberg (SH), avaliando a quantificação de Salmonella, infiltração de células imunes e a expressão de genes de citocinas no ceco. Os tratamentos foram: T1, não vacinado, não desafiado; T2, não vacinado, desafiado com SH; T3, ST-vacinado, desafiado com SH. Aos 28 dias de idade, o grupo vacinado com ST apresentou significativa redução de SH no papo (P<0,01) e no ceco (P = 0,021) comparado ao grupo T2-não vacinado SH-desafiado, sem alterações significativas na dinâmica celular de macrófagos, T CD4+ ou T CD8+ (P˃0,05) durante o mesmo período. A vacinação por aerossol no primeiro dia promoveu maior expressão de IL-12 no fígado (P<0,05), maior expressão de IL-10 e células T CD8+ no íleo, 16 horas após o alojamento. Após o reforço de imunização oral ao 13º dia, o grupo vacinado apresentou maior expressão de macrófagos e células T CD4+ no fígado (P<0,05) do que o grupo controle. Duas doses de uma vacina viva atenuada de ST promoveram um efeito de proteção cruzada parcial contra o desafio da cepa de Salmonella Heidelberg cepa UFPR1 em frangos de corte.(AU)

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