VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 124-128

Estudo caso-controle da ocorrência de doenças infecto-parasitárias associadas aos hábitos semi-domiciliados de cães e gatos domésticos

Pereira, N. W. BChiconini, MLeonel, J. A. FBenassi, J. CRuiz, V. L. AKeid, L. BFerreira, H. LSoares, R. MOliveira, T. M. F. S

Muitos proprietários acreditam agir no melhor interesse de seus animais de estimação permitindo-os o acesso ao ambiente externo, com ou sem supervisão. Entretanto, isso aumenta consideravelmente o risco para a ocorrência de doenças e acidentes. Neste estudo, foi avaliada a associação entre doenças infecciosas e parasitárias com relação aos hábitos semi-domiciliados de cães e gatos. Dados epidemiológicos foram obtidos de arquivo de prontuários de cães e gatos atendidos na Unidade Didática Clínico Hospitalar (UDCH) do curso de Medicina Veterinária da FZEA/USP no município de Pirassununga, estado de São Paulo, Brasil. Animais de estimação que apresentaram doenças infecto-parasitárias foram incluídos no grupo de casos; animais sem tais doenças, controles. Os animais foram ainda divididos de acordo em domiciliados, domiciliados frequentemente levados a passeios e semi-domiciliados. A razão de chances para a ocorrência de doenças infecciosas foi calculada a partir da comparação dos grupos supracitados, fazendo uso do software estatístico MedCalc. Encontrou-se um risco aumentado para a ocorrência de doenças infecto-parasitárias em cães e gatos semi-domiciliados quando comparados aos animais domiciliados (OR de 4.735) e quanto aos domiciliados guiados em passeios (OR de 2.303). À luz dos resultados se sugere que campanhas de conscientização foquem também nos benefícios da criação domiciliada de animais de estimação.(AU)

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