VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 01-12

Regressão espontânea do corpo lúteo em bovinos - revisão

Pugliesi, GNishimura, T. KMelo, G. DMembrive, C. M. BNaves, J. RCarvalho, G. R

O conhecimento do processo de luteólise dentro da fisiologia reprodutiva se torna importante para que ocorra a compreensão do reconhecimento materno da gestação e seja possível formular estratégias anti-luteolíticas que visem manter esta fase conferindo aumentos na eficiência reprodutiva e produtiva. Durante o processo de luteólise, o tecido luteal sofre mudanças bruscas na capacidade esteroidogênica, vascularização e remodelamento, resultando em substituição da glândula por tecido conjuntivo, sendo a PGF2α o principal determinante na indução espontânea da luteólise em bovinos. Simultaneamente, ocorre um íntimo processo entre as relações anatômicas que compreende o ovário, útero e suas vascularizações. A exposição do útero à interação coordenada entre P4, E2 e ocitocina aliada à expressão de seus receptores são essenciais para a secreção pulsátil de PGF2α pelo endométrio a qual induzirá a luteólise. Nesta regressão do corpo lúteo (CL), estão envolvidos ainda os hormônios (LH, prolactina, cortisol) e várias substâncias vasoativas (óxido nítrico, VEGF, EG-VEGF, bFGF, END-1, AngII). A concentração de PGF2α pode ser representada pela mensuração sanguínea da concentração de seu metabólito 13,14-dihidro-15-ceto- PGF2α (PGFM) sendo a pulsatilidade da secreção de PGF2α durante os períodos pré-luteolítico, luteolítico e pós-luteolítico mensurável pelo aumento na concentração de PGFM. Neste artigo de revisão, será possível compreender e discutir os principais aspectos endócrinos e moleculares que ocorrem com as mudanças morfofuncionais no CL durante o processo de luteólise fisiológica em fêmeas bovinas.(AU)

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