VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 186-191

Estudo morfoquantitativo e da microestrutura da glândula pineal em ovinos Santa Inês

Lima, E. M. MSantana, M. I. SCastro, M. BBenedicto, H. GFerreira, P. MVianna, A. R. C. B

O presente estudo avaliou os aspectos morfoquantitativos e qualitativos da glândula pineal em fêmeas de ovinos da raça Santa Inês em atividade reprodutiva e anestro fisiológico. Foram utilizados sete ovinos, fêmeas e adultas, coletados em frigoríficos da região de Brasília-DF. Estes não apresentavam sinais clínicos relacionados a afecções do sistema nervoso. Os encéfalos foram retirados e dimensões mensuradas. Posteriormente foram seccionados para expor a glândula pineal e mensurar suas dimensões. Os fragmentos do diencéfalo, contendo a glândula pineal, foram submersos em solução aquosa a 20% de formaldeído e posteriormente submetidos a técnicas histológicas convencionais. Para a avaliação morfoquantitativa desta glândula, foram empregadas as colorações Hematoxilia-Eosina, Azul de Toluidina e Tricrômio de Golmori. O encéfalo teve um comprimento médio de 67,25 ± 1,75 mm e a largura média de 58,97 ± 4,0 mm. Já a glândula pineal apresentou o comprimento médio de 6,98 ± 0,79 mm e a largura média de 6,40 ± 1,35 mm. Diante da análise microscópica, foi obtida uma média de 86,27 ± 30,44 pinealócitos por campo. Ao ser aplicado o teste de correlação de Pearson, o número de pinealócitos apresentou fraca correlação linear negativa (r = -0,11) em relação ao comprimento da glândula pineal e uma fraca correlação linear positiva (r = 0,39) em relação à largura da mesma. Portanto o número de pinealócitos possui uma maior relação com a largura da glândula do que com o comprimento. Mastocitos estiveram presentes em apenas um animal (14,28%) e as concreções calcareas foram observadas em dois animais (28,57%). A glândula se mostrou envolta por uma cápsula de tecido conjuntivo com ausência de projeções para o parênquima.

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