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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Suscetibilidade do bicudo-do-algodoeiro a misturas de inseticidas prontas para uso

Barros, Eduardo MoreiraRodrigues, Agna Rita dos SantosBatista, Felipe ColaresMachado, Anderson Vinnicius de ArrudaTorres, Jorge Braz

Bicudo-do-algodoeiro é a principal praga do algodoeiro no Brasil, sendo o uso de inseticidas amplamente recomendado para o seu controle. A suscetibilidade do bicudo-do-algodoeiro foi determinada a inseticidas em formulação simples ou em misturas prontas para uso, as quais têm sido recomendadas para pulverizar campos de algodão sob a hipótese de serem mais tóxicas à praga alvo. Assim, curvas de concentração-mortalidade foram determinadas para adultos do bicudo contaminados, simultaneamente, via resíduo seco e ingestão dos inseticidas. Dez formulações foram estudadas, sendo cinco misturas (lambda-cialotrina + tiametoxam, lambda-cialotrina + clorantraniliprole, tiametoxam + clorantraniliprole e fenitrotiona + esfenvalerato) e suas respectivas cinco formulações simples. Folhas e cotilédones do algodoeiro foram mergulhados em diluições do inseticida preparadas com os produtos comerciais e água destilada. A mortalidade adulta foi avaliada 48 horas após o acondicionamento dos adultos em materiais tratados e não tratados. As concentrações de CL50s variaram de 0,004 a 0,114 g i.a./L, com potência relativa entre formulação simples e misturas, variando de 1,37 a 29,59 vezes. A lambda-cialotrina e o tiametoxam em formulações simples foram os inseticidas mais tóxicos para o bicudo. Entre as misturas, aquela preparada com lambda - cialotrina + clorantraniliprole resultou em um efeito sinérgico, enquanto as demais misturas mostraram um efeito antagonista. Portanto, exceto pela mistura de lambda-cialotrina + clorantraniliprole, as demais misturas não demonstraram maior toxicidade para o bicudo-do-algodoeiro e devem ser recomendadas somente quando objetivam finalidades diferentes.(AU)

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