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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Colonização de videiras pelos fungos da doença de Petri, suscetibilidade de porta-enxertos ao fungo Phaeomoniella chlamydospora e sua desinfecção

Ferreira, Ana Beatriz MonteiroLeite, Luís GarrigósHernandes, José LuizHarakava, RicardoPadovani, Carlos RobertoBueno, César Junior

A doença de Petri é complexa, ataca plantas jovens de videira e é difícil de ser controlada. O fungo Phaeomoniella chlamydospora é o principal agente causal dessa doença. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o local prevalente dos fungos da doença de Petri, em diferentes partes de plantas de videira; avaliar a suscetibilidade de porta-enxertos de videira para o fungo P. ­chlamydospora; avaliar o efeito da solarização e da biofumigação seguido de tratamento com água quente sobre a desinfecção de estacas do porta-enxerto IAC 766 infectadas com o fungo P. ­chlamydospora; avaliar o efeito da solarização e da biofumigação seguido de tratamento com água quente sobre o enraizamento de estacas do porta-enxerto IAC 766. Para o teste de colonização, as espécies de fungos detectadas e identificadas em Niagara Rosada enxertada em dois porta-enxertos diferentes foram P. ­chlamydospora e Phialemoniopsis ocularis. Este é o primeiro relato de P. ocularis em parrerais jovens de videira no Brasil. Ambos os fungos, em particular P. chlamydospora, colonizaram somente a parte basal das plantas, destacando-se os porta-enxertos como foco para medidas de controle. Medidas das estrias escuras no sistema vascular revelaram que Golia foi o porta-enxerto menos suscetível, e o IAC 572 foi o mais suscetíveis para P. chlamydospora. Além disso, a biofumigação ou a temperatura de 37ºC aplicadas por 7 e 14 dias seguidas de tratamento com água quente eliminaram P. ­chlamydospora em estacas do porta-enxerto IAC 766 sem afetar o enraizamento. No entanto, novos estudos são necessários ainda para validar a eficiência dessas técnicas de desinfecção.(AU)

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