VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 13-18

Principais alterações no leite por agentes causadores de mastite no rebanho caprino dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro

Almeida, J. FAquino, M. H. CMagalhães, HNascimento, E. RPereira, V. L. AFerreira, TBarreto, M. L

A mastite subclínica caprina ocasiona prejuízos econômicos em decorrência do descarte, dos gastos com medidas terapêuticas e da redução da quantidade e qualidade do leite e seus derivados.Nesse estudo, 129 amostras de leite de cabra in natura, provenientes de 11 propriedades foram avaliadas pelo teste da caneca telada, California Mastitis Test (CMT), exame bacteriológico, pesquisa de Mycoplasma spp. e pela determinação dos parâmetros físico-químicos. No teste da caneca telada e no CMT, 3,1% e 4,6% das amostras foram positivas, respectivamente. No exame bacteriológico, 57,4% das amostras foram positivas e o patógeno mais frequente foi Staphylococcus coagulase negativa com 56% das cepas resistentes à penicilina e 100% de sensíveis à gentamicina. Mycoplasma spp. não foi identificado nas amostras. O diagnóstico da mastite subclínica pelo CMT e pelo exame bacteriológico diferiu de forma significativa e não houve associação entre o número de UFC/mL obtidas no exame microbiológico e o resultado do CMT (Qui-quadrado p < 0,05). Os parâmetros físico-químicos diferiram significativamente entre os rebanhos (ANOVA, Tukey-Kramer, p < 0,05) e a gordura foi o constituinte que demonstrou maior amplitude, sendo que 63,4% dos rebanhos apresentaram os valores abaixo do exigido pela legislação brasileira. Não houve associação significativa entre a presença de mastite diagnosticada pelo exame bacteriológico e os valores obtidos para os parâmetros físico-químicos (t-Student p > 0,05). Com base nos resultados obtidos, recomenda-se a associação do exame bacteriológico quando na utilização do CMT para diagnóstico da mastite subclínica caprina.(AU)

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