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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Ocorrência de equídeos soropositivos para os vírus das encefalomielites e anemia infecciosa no Estado de Mato Grosso

Melo, R.M.Cavalcanti, R.C.Villalobos, E.M.C.Cunha, E.M.S.Lara, M.C.C.S.H.Aguiar, D.M.

O presente trabalho determinou a ocorrência de equídeos com sorologia positiva para os vírus das encefalomielites virais dos tipos Leste (EEL), Oeste (EEO) e Venezuelana (EEV) e Anemia Infecciosa (AIE) nos biomas Amazônico, Pantaneiro e Cerrado do Estado de Mato Grosso. A detecção de anticorpos para AIE foi realizada em 886 soros pela prova de Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA), enquanto que para EEL, EEO e EEV foi realizada em 473 soros pela Microtécnica de Soroneutra-lização viral em culturas de células VERO. Para AIE, 46 (5,1%) equídeos foram positivos, não sendo observados animais positivos da região amazônica e a maior frequência ocorrendo no ambiente do pantanal com 36,6% de animais positivos (P 0,05). Para as encefalites virais, foram detectados 168 (35,5%) equídeos positivos para EEL e 31 (6,5%) para EEV. Não houve soros positivos para EEO. As maiores frequências de animais positivos para EEL foram observadas nos ambientes pantaneiro e amazônico com 45,8% e 62,0%, respectivamente (P 0,05). Os três biomas estudados apresentaram ocorrência similar (P > 0.05) de animais positivos para EEV, com 4,1%, 6,4% e 10,3% para o pantanal, cerrado e amazônia, respectivamente. Embora não apresentando equídeos reagente ao vírus da AIE na região amazônica, a presença de positivos em Mato Grosso encontra-se dentro do relatado no Brasil. O comportamento diferenciado do vírus da EEL e EEV nos três ecossistemas estudados reforça a presença de animais reservatórios, condições ambientais e climáticas que favorecem a proliferação de vetores que propiciam a infecção pelos vírus no Estado de Mato Grosso.

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