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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

COCCIDIOSE CLÍNICA EM FRANGOS DE CORTE INFECTADOS NATURALMENTE E IMUNOSSUPRIMIDOS COM DEXAMETASONA

Galha, V.Bondan, E.F.Bonamin, L.V.Lallo, M.A.

RESUMO A ocorrência de coccidiose clínica em aves está relacionada com a competência do sistema imune. Com o objetivo de avaliar a ocorrência natural de coccidiose em aves imunossuprimidas, foram selecionados frangos de corte, de ambos os sexos, com a 35 a 38 dias de vida para constituir 3 grupos - grupo I (n = 25), formado por aves sem coccidiose e negativas para coccídias no exame de fezes; grupo II (n = 25), formado por aves com coccidiose e positivas para coccídias no exame de fezes, e grupo III (n = 25), formado por aves sem coccidiose, negativas para coccídias no exame de fezes e submetidas à imunossupressão com dexametasona (4 mg/kg/dia por 4 dias, via subcutânea). Realizou-se o diagnóstico de coccidiose com a técnica de centrífugo-flutuação com solução saturada de sacarose para investigação de oocistos nas fezes e pela análise macro e microscópica das lesões intestinais observadas após a necropsia. A resposta imune foi avaliada pela reação de hipersensibilidade basofílica cutânea (CBH) à fitoemaglutinina (PHA) e pela relação entre o peso corporal e o peso da bursa de Fabricius ou do baço. Os frangos dos grupos II e III apresentaram menor reação CBH à PHA que os do grupo I, evidenciando-se diminuição da resposta imune. As aves do grupo III mostraram diminuição significante do peso da bursa de Fabricius e do baço em relação aos animais dos outros grupos. As espécies de coccídias encontradas foram E. acervulina e E. maxima nos animais dos grupos II e III, sendo ainda observada E. tenella nas aves do grupo III. A imunossupressão induzida pela dexametasona aumentou a suscetibilidade à coccidiose de ocorrência natural em frangos de corte criados comercialmente.

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