VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 229-234

Biologia reprodutiva de cotesia flavipes (cameron) (hymenoptera: braconidae). iv. discriminação entre lagartas parasitadas e não parasitadas de diatraea saccharalis fabricius (lepidoptera: pyralidae), tempo de desenvolvimento e razão sexual dos parasitóides

Campos-Farinha, A.E. de C.Chaud-Netto, J.Gobbi, N.

RESUMO Lagartas de 5o ínstar de Diatraea saccharalis Fabricius não parasitadas, recém-parasitadas e parasitadas 24, 48 e 72 horas após o primeiro parasitismo por Cotesia flavipes (Cameron) foram oferecidas a fêmeas fecundadas deste endoparasitóide que não haviam ovipositado anteriormente, com o objetivo de avaliar se estas discriminam entre lagartas parasitadas e não parasitadas. À primeira vista, as fêmeas de C. flavipes discriminam hospedeiros parasitados até 24 horas após o parasitismo. No entanto, a análise da razão sexual da prole originada de lagartas superparasitadas indicou que as fêmeas depositaram mais ovos que deram origem a machos, o que sugere a habilidade desta espécie em identificar hospedeiros anteriormente parasitados por fêmeas intraespecíficas, até mesmo alguns dias após o primeiro parasitismo. Não houve diferença significativa no número médio de ovos/hospedeiro, considerando as lagartas parasitadas somente uma vez e lagartas superparasitadas. Os tempos de desenvolvimento dos parasitóides que emergiram de lagartas desses dois grupos experimentais também não diferiram entre si. A viabilidade dos parasitóides que se desenvolveram em lagartas superparasitadas foi menor do que a registrada para os parasitóides que emergiram de hospedeiros parasitados apenas uma vez.

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