Flutuação populacional dos percevejos-pragas da soja e seus parasitóides de ovos em relação à fenologia da soja
Pacheco, D.J.P.Corrêa-Ferreira, B.S.Oliveira, M.C.N. de
RESUMO Estudou-se a flutuação populacional dos parasitóides de ovos e suas interações com os pecevejos da soja, em uma área de 17.400 m2 , semeada com a cultivar BR37, sem uso de inseticida químico, em Londrina, PR. O acompanhamento da população de percevejos foi realizado em 20 pontos amostrais, utilizando-se o método do pano-de-batida, durante o período reprodutivo da cultura (Rl-R8). O acompanhamento dos parasitóides, através da coleta visual dos ovos de percevejos, foi estimado em quatro metros lineares para cada um dos 20 pontos amostrais. As posturas coletadas foram levadas ao laboratório, deixadas em placas de Petri e acompanhadas diariamente, para verificação da eclosão das ninfas ou emergência dos parasitóides. Entre os percevejos, Euschistus heras (Fabricius) foi a primeira espécie a aparecer no campo (R3), seguida de Nezara viridula (Linnaeus) e Piezodarus guildinii (Westwood), todos apresentando maiores populações no final do ciclo da cultura. A ocorrência do parasitismo nos ovos acompanhou a densidade populacional dos percevejos, apresentando os maiores índices no final do período reprodutivo da cultura. De todos os ovos parasitados encontrados, 97,4% foram parasitados por Telenamus padisi Ashmead, 1,7% por Trissalcus basa/is (Wollaston) e 0,9% por Oaencyrtus submetallicus (Howard). T. padisi apresentou parasitismo diferenciado para as três principais espécies de percevejos, com índices de 65,6% em ovos de E. heras, 27,9% em P. guildinii e 7,7% em N. viridula. Em análise de correlação linear, E. heras apresentou alta associação com o parasitóide T. podisi, o que não foi verificado para P. guildini e N. viridula.
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