VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 75-80

Pesquisa de leptospiras nos ovários, úteros e embriões de hamsters experimentalmente infectados e induzidos à condição de portadores renais, através do tratamento com o estolato de eritromicina

Camargo, C.R.A.Vasconcellos, S.A.Morais, Z.M.Nürmberger Junior, R.Heinemann, M.B.

RESUMO Em 61 hamsters experimentalmente infectados com Leptospira interrogans sorotipo pomona, foi investigada a presença de leptospiras nos ovários, lavados uterinos e embriões de fêmeas induzidas à condição de portadoras renais através do tratamento pós-infecção com o estolato de eritromicina. Os materiais foram examinados pela _coloração de Levaditi, cultivo e reação de PCR. As fêmeas foram colocadas com os machos e entre 63 a 68 horas, após o acasalamento os animais foram sacrificados e efetivou-se a pesquisa dos microrganismos. Entre o 17º e o 78º dia pós-infecção (pi), cinco lotes de animais foram examinados, respectivamente nos tempos experimentais: 17º; 29ºao 30º; 43º ao 44º; 57º ao 59ºe 78º dias pi. Entre o 17º e o 59º dia pi., houve 100% de positividade para os cultivos renais; no 78º dia pi., esta positividade foi de 6/13 (46,15%). Os níveis médios de aglutininas para o sorotipo infectante apresentaram um perfil de ascenção, (17º ao 30º-dia pi) e declínio (30º ao 78º dia pi). Entre o 30º e o 60º dia pi., oito de 32 animais (25,0%) apresentaram resultado positivo no exame dos ovários pela coloração argêntica. Todos os líquidos de lavagens uterinas examinados pelo teste de PCR foram negativos para leptospiras. Não foram encontradas leptospiras em nenhum dos outros substratos examinados. Com o modelo biológico ensaiado não foi confirmada a hipótese da transmissão da leptospirose a partir de embriões colhidos de doadoras com infecção renal e ovariana e com níveis de aglutininas séricas decrescentes.

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