Melhoramento do trigo: novas linhagens para o estado de são paulo*
Camargo, C.E.O.Felício, J.C.Barros, B.C.Freitas, J.G.Ferreira Filho, A.W.P.Castro, J.L.
RESUMO Durante os anos de 1982 e 1983, foram estudadas 22 linhagens de trigo, recém-obtidas, em ensaios instalados no Centro Experimental de Campinas, na Estação Experimental de Capão Bonito, no Sítio São Donato, em Cruzália e na Fazenda Nossa Senhora da Penha, em Florfnea. Foram feitas avaliações do rendimento de grãos, altura das plantas, ciclo, em dias da emergência ao florescimento e da emergência à maturação, porcentagem de plantas acamadas, comprimento da espiga, número de grãos por espiga e por espigueta, número de espiguetas por espiga, peso de 100 grãos, resistência à ferrugem-do-colmo e da folha, em condições de campo e de casa-de-vegetação, e estudos da tolerância ao alumínio, em soluções nutritivas em laboratório. Nos ensaios plantados em Campinas, em condição de irrigação por aspersão, destacaram-se, quanto à produção de grãos, as linhagens IAC-33 e IAC-29; nos ensaios plantados em Capão Bonito, as linhagens IAC-33 e IAC-37 apresentaram maior produtividade, e as linhagens IAC42 e IAC-33 mostraram maior produção de grãos, respectivamente, nos ensaios conduzidos em Cruzália e Florínea. As linhagens IAC-29, IAC-46 e IAC-48 exibiram porte semi-anão, diferindo significativamente do cultivar BH-1146. Em relação à ferrugem do colmo, as linhagens IAC-29, IAC-35, IAC-36, IAC-41 e IAC-46 apresentaram graus de infecção variando de zero a 5S, em condição de campo, enquanto que, nas mesmas condições, o cultivar BH-1146 mostrou um grau de infecção máximo de 80S. As linhagens IAC-36 e IAC41 foram consideradas resistentes a sete raças testadas de ferrugem-do-colmo em estádio de plântula em casa-de-vegetação. "IAC-35" e "IAC-36" mostraram menor grau de infecção de ferrugem de folha nos ensaios estudados, e "IAC-36" foi resistente a quatro raças de ferrugem-da-folha, em estádio de plântula. As linhagens IAC-32, IAC-33, IAC-34, IAC-37, IAC-40, IAC-45, IAC46, IAC-49 e IAC-50 foram tão tolerantes à toxicidade de alumínio em soluções nutritivas quanto os cultivares BH-1146 e IAC-18.
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