VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Composição e qualidade microbiológica do leite cru refrigerado em duas estações do ano em Santa Helena, oeste do Paraná

Schneider, Cibele ReginaPozza, Magali Soares dos SantosZambom, Maximiliane AlavarseCastagnara, Deise DalazenFernandes, Tatiane

O presente estudo teve como objetivo quantificar a ocorrência de microrganismos psicrotróficos proteolíticos e de coliformes totais em leite cru refrigerado além de avaliar a qualidade por meio da sua composição físico-química. As amostras foram coletadas em 10 propriedades leiteiras no município de Santa Helena ­ Oeste do Paraná. Foram realizadas duas coletas, uma durante a primavera e outra no verão. As amostragens do leite cru refrigerado foram realizadas diretamente no tanque de resfriamento, de forma asséptica, acondicionado em frascos esterilizados e transportado sob condições isotérmicas (± 4ºC) ao laboratório onde foram determinadas a composição físico-química e as populações microbianas. Os teores de gordura tiveram grande amplitude entre as estações do ano, sendo superior no verão, enquanto que não houve variação para os teores de proteína, lactose, minerais e sólidos desengordurados. A contagem de coliformes totais não diferiu entre as estações. Os valores obtidos para contagens de psicrotróficos proteolíticos foram superiores no verão. Foi constatada correlação significativa positiva entre as contagens de coliformes totais com as contagens de psicrotróficos proteolíticos (r=0,73) e os teores de proteína (r=0,45), sólidos desengordurados (r=0,45) e minerais (r=0,46). Além disto, as contagens de psicrotróficos proteolíticos apresentaram correlação positiva com o índice crioscópico. Os componentes do leite atenderam as exigências da IN76. A qualidade do leite cru refrigerado no município de Santa Helena, Oeste do Paraná não foi satisfatória em relação aos coliformes totais, devido sua alta incidência, indicando a necessidade de boas práticas no manejo de ordenha. As bactérias psicrotróficas proteolíticas tiveram baixa proliferação, não afetando a qualidade do leite.(AU)

Texto completo