VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 143-144

Leptospirose urbana e sua importância em região fronteiriça

Vechio, Marco Aurélio Cunha DelSá, Thais Camaso deBorges, Jessé LahosGonçalves, Daniela Dib

A leptospirose é uma zoonose associada ao convívio próximo entre os animais e o homem, podendo ser transmitido por meio do contato com água contaminada, contato dos animais sadios com animais contaminados, sendo os animais domésticos a principal fonte de infecção da leptospirose humana, pois estes animais vivem em contato direto com os seres humanos. No Brasil, a zoonose é endêmica, com a maior parte dos casos ocorrendo nas épocas de maior precipitação pluviométrica. Estudos relacionados à leptospirose urbana são importantes para determinar os fatores de risco da leptospirose e identificar possíveis reservatórios com o objetivo de conscientização da população. Os cães domiciliados podem adquirir a leptospirose pela convivência com outros cães e ratos que urinam em áreas comuns. Para o controle da leptospirose é importante a implantação de programas que visem melhorar as condições sanitárias e informar a população sobre a importância da vacinação dos animais, além da educação em saúde informando a população sobre a respectiva doença. Em região de fronteira estudos devem ser conduzidos a fim de se elucidar quais as possíveis espécies deste agente etiológico. Os sorovares mais prevalentes em pesquisa realizada para elucidar a situação da leptospirose canina na região urbana e zona rural do município de Cruz das Almas, Bahia foi Canicola, Copenhageni, Icterohaemorrhagiae seguido pelo Autumnalis. Nesta pesquisa foram avaliados ainda os possíveis reservatórios da doença para dar início ao entendimento da epidemiologia e posterior adoção de medidas de prevenção. A incidência da leptospirose humana tem crescido em países da América Latina associada aos desastres naturais e ao crescimento desordenado das cidades, sendo os cães sentinelas para detectar a presença de leptospirose no ambiente e são fatores chave para o entendimento da epidemiologia da doença, sendo importante o diagnóstico e tratamento dos animais doentes a fim de evitar a infecção humana.(AU)

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