[Genética e variações antigênicas dos genótipos do Circovírus suíno tipo 2 em rebanhos suínos brasileiros: implicações para a eficácia da vacina e evolução viral]
Nascimento, H.I.J.Cunha, J.L.R.Fraiha, A.L.S.Santos, B.S.A.S.Rocha, B.M.M.Aguilar, N.R.Ribeiro, B.F.S.Veit, D.C.Franz, K.A.Franco, É.G.Fernandes, V.L.A.Três, D.P.Hanna, L.T.S.Silva, T.B.S.Santos, L.Gallinari, G.C.Guedes, M.I.M.C.Lobato, Z.I.P.Costa, E.A.
RESUMO Entre 2019 e 2021, foram coletadas 106 amostras clínicas de suínos com sinais compatíveis com doenças associadas ao Circovírus suíno (PCVD) em diversas regiões do Brasil, incluindo Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Os animais eram provenientes de granjas comerciais e haviam sido previamente vacinados contra PCV2. As amostras foram genotipadas, e as sequências analisadas. O genótipo predominante foi o PCV2d (75,47%), seguido pelo PCV2b (22,64%), enquanto o PCV2a não foi detectado. As sequências de PCV2b e PCV2d mostraram alta conservação dentro dos genótipos, mas diferenças significativas nos sítios antigênicos, o que pode afetar a patogenicidade e/ou a antigenicidade. Ao se comparar as sequências de PCV2d com as sequências de aminoácidos ORF2 de três vacinas comerciais usadas no Brasil (uma com PCV2b e duas com PCV2a), a maioria dos resíduos de aminoácidos nas regiões de epítopos foi conservada, sugerindo uma boa reação cruzada entre vacinas e PCV2d. No entanto, foram detectadas mutações em resíduos essenciais para a neutralização viral, o que pode impactar a eficácia da vacina. Estudos adicionais são necessários para compreender melhor essas mutações e reforçar a vigilância dos genótipos de PCV2 no Brasil.
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