Granuloma eosinofílico oral canino tratado com monoterapia com corticoide: relato de caso
Rocha Júnior, J. DCabral, G. GMangolin, L. FSousa, D. CMazula, C. C. FSantos, TMalfacini, B. HAlmeida, M. BMoreira, P. R. RDias, F. G. Gonçalves
O granuloma eosinofílico é uma lesão comumente encontrada em gatos, mas rara em cães, manifestando-se nestes como nódulos ou placas em cavidade oral, especialmente em palato mole e língua, com possível potencial genético envolvido. Devido à escassez de descrições dessa lesão oral em cães, especialmente no Brasil, o presente relato teve como objetivo descrevê-la em um Husky Siberiano, atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Franca, apresentando placa aderida e ulcerada em palato mole. O exame histopatológico detectou intenso infiltrado eosinofílico associado a áreas de colagenólise, ausência de células neoplásicas e coloração PAS negativa. Instituiu-se corticoterapia com prednisolona (2mg/kg, a cada 24 horas, por sete dias), com desmame gradual de 0,5mg/kg, sete dias. Diante da excelente resposta terapêutica, tal medicação foi mantida como monoterapia e, em 90 dias transcorridos do término do tratamento, não houve indícios de recidiva, sem haver necessidade de associação com terapias complementares ou outras modalidades terapêuticas, as quais pudessem causar efeitos adversos e custos adicionais. Admite-se que, apesar de incomum, pela aparência clínica semelhante, o granuloma eosinofílico deve ser incluído no diagnóstico diferencial de neoplasias e infecções, visando à instituição terapêutica adequada.
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