Multirresistência associada a Staphylococcus spp. em doenças oculares de cães
Casemiro, P. A. FCardozo, M. VAndrade, A. LCarra, G. J. UFerreira, M. C. C. SSilveira, G. VCampagnolo, T. LSargi, L. FSammour, A. KMoraes, P. C
Doenças oculares em cães são suscetíveis à infecção bacteriana. O tratamento dessas condições envolve o uso de antimicrobianos, portanto a identificação e o teste de suscetibilidade do agente causador devem ser realizados para promover a recuperação clínica e evitar o desenvolvimento de resistência bacteriana. Dessa maneira, o presente estudo teve como objetivo documentar os isolados de doenças oculares entre os anos de 2016 e 2021, na cidade de Araçatuba-SP, onde a ceratite ulcerativa foi a condição mais observada, representando 86,67% (41/49) dos casos. O crescimento bacteriano foi identificado em 61,22% (30/49) de todas as amostras, em que 20% (6/30) dessas apresentaram coinfecção, enquanto em 38,77% (19/49) dos casos não houve crescimento de nenhuma espécie bacteriana. Entre as espécies isoladas, as bactérias Gram-positivas representaram 80,56% (29/36), sendo mais comumente encontrado Staphylococcus spp. como principal representante, compreendendo 66,67% (24/36) dos isolados.As bactérias Gram-negativas representaram 16,67% (6/36). Entre as amostras, as consideradas multirresistentes compreendiam 18,36% (9/30), sendo principalmente resistentes a agentes antimicrobianos como ciprofloxacina em 77,78% (7/9), tobramicina em 55,56% (5/9), cloranfenicol em 44,44% (4/9) e ofloxacina em 33,33% (3/9). De todas as amostras consideradas multirresistentes, o gênero Staphylococcus representou 77,78% (7/9) das amostras multirresistentes.
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