[Estudos de resistência antimicrobiana e virulência na produção de frangos de corte: uma abordagem de saúde única]
Holmström, T.C.N.David, L.A.Pinto, L.B.Makita, M.T.Reis, T.L.Rocha-de-Souza, C.M.França, D.A.Coelho, S.M.O.Coelho, I.S.Melo, D.A.Souza, M.M.S.
RESUMO O objetivo deste estudo foi caracterizar as espécies bacterianas e seus perfis de resistência e virulência em uma produção avícola localizada no Rio de Janeiro, Brasil. Amostras de pintinhos de um dia e frangos de corte foram avaliadas usando-se técnicas de cultivo dependentes e independentes. As 25 cepas de Staphylococcus spp. apresentaram o gene mecA. As 51 cepas de Enterococcus spp., uma cepa de E. faecium, apresentaram o gene vanB, e uma cepa de E. faecalis apresentou os genes vanA e vanB simultaneamente. A análise da cama raspada de madeira usada para aves domésticas revelou a presença de um gene resistente à carbapenemase, blaVIM, em uma das amostras avaliadas. Dos 44 isolados de Enterobacterales, 45% (20/44) eram produtores de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL). Desses, nove (45%) testaram positivo para o gene blaSHV, quatro (20%) para o gene blaCTX, três (15%) para o gene blaTEM, dois (10%) para os genes blaSHV e blaCTX e dois (10%) para os genes blaSHV e blaTEM. Alguns fatores de virulência relacionados à Escherichia coli patogênica aviária (APEC) foram detectados nas cepas de E. coli. O papel da produção animal no surgimento e na disseminação de genes de resistência é uma questão de saúde única, exigindo a realização de estudos em ambientes animais.
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