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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1-9

Células T reguladoras em cães com linfoma multicêntrico: quantificação, em sangue periférico, no momento do diagnóstico e após etapa inicial do tratamento quimioterápico

Munhoz, T. D.Anai, L. A.Fonseca, D. M.Semolin, L. M.Sueiro, F. R.Tinucci-Costa, M

O linfoma é a neoplasia hematopoiética mais comum nos cães e uma das mais frequentes, dentre todas as neoplasias, nesta espécie. Apresenta-se em diversas localizações anatômicas e pode apresentar classificações histológicas e imunofenotipos distintos. Dependendo da resposta imune do paciente frente à instalação de um tumor, algumas informações sobre o prognóstico podem ser obtidas. Atualmente, as células T reguladoras (Tregs) vêm sendo estudadas em algumas neoplasias caninas, por seu comprovado potencial imunossupressor, principalmente por inibir a resposta antitumoral. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivos quantificar, por citometria de fluxo, as células Tregs em sangue periférico de cães com linfoma multicêntrico de imunofenótipos B e T, respectivamente 14 e 8 cães, no momento do diagnóstico e após o primeiro ciclo de quimioterapia antineoplásica com o protocolo Madison-Wisconsin (MW) de 19 semanas adaptado, e comparar com cães saudáveis (n=10), buscando quantificá-las em cães com linfoma de diferentes imunofenótipos antes e após a 5ª semana do protocolo MW. Os resultados mostraram que cães com linfoma apresentaram uma porcentagem significativamente maior de Tregs (18,84±2,56) quando comparada aos cães sem neoplasia (4,70±0,50) (P<0,01). Além disso, após a quinta semana de tratamento houve uma significante redução da população de Tregs (7,54±1,08), atingindo valores semelhantes a dos cães controle (4,70±0,50) (P>0,05). Não houve diferença nas Tregs em relação aos imunofenotipos B (17,45±2,77) e T (21,27±5,27) (P>0,05). Concluiu-se que o linfoma em cães leva a um aumento de células Tregs e que o tratamento com o protocolo quimioterápico MW reduz significativamente as células Tregs em sangue periférico, atingindo valores próximos aos dos cães saudáveis.(AU)

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