VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 671-678

Fixação externa com massa epóxi em uma fratura tibiotársica de um periquito choroy selvage (Enicognathus leptorhynchus)

Arias, J IBeato, CEspinoza, A

Fraturas tibiotársicas são comuns em aves, pois, na maioria das aves, o tibiotarso é o osso mais longo e exposto nesses animais. Fraturas transversais são mais comuns, sendo que as forças de rotação e cisalhamento devem ser estabilizadas de modo a alcançar uma boa regeneração óssea. Um periquito macho do tipo psitacídeo de 230g, com mais de 5 anos, foi recebido apresentando claudicação a 24 horas não devido a transferência de carga. Os exames radiográficos revelaram uma fratura fechada completa, não triturada, transversal de diáfise distal do osso esquerdo tibiotársico. A fixação foi feita com massa epóxi de endurecimento rápido (10 minutos). A fim de avaliar a temperatura de polimerização da massa epóxi e a possibilidade de necrose desses ossos, a temperatura foi registrada a cada 30 segundos durante 12 minutos, com três quantidades diferentes de epóxi em teste in vivo. A temperatura das amostras fragmentadas atingiu um pico de 50-60ºC, em que o pico mais elevado corresponde à maior quantidade de massa epóxi. Quando foram utilizados cerca de 6g de massa de vidraceiro, o pico de temperatura foi de apenas 51ºC. Esse pico foi alterado para 58ºC quando se aumentou a quantidade de massa epóxi quatro vezes. Se a temperatura dos pinos inseridos no osso for superior a 70ºC, pode ocorrer necrose do osso. À luz desses resultados, a fratura foi tratada com 6g de massa epóxi deixada polimerizar sobre uma fixação externa, em configurações 1A 2/2 usando pinos de 1mm, dobrados em 90º e unidos com fios de cerclage. Após 6 semanas da cirurgia, o pássaro tinha formado um calo ósseo primário, sendo os fixadores externos removidos. Com essa abordagem, conclui-se que houve a restauração das funções normais do membro e total recuperação da ave(AU)

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