VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 583-592

Qualidade da carne de suínos com uso de glicerina na alimentação

Melo, D. SFaria, P. BCantarelli, V. SRocha, M. F. MPinto, A. M. B. GRamos, E. M

O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do fornecimento de diferentes níveis de glicerina na alimentação sobre a qualidade da carne de suínos em terminação. Foram utilizados 30 machos castrados e 30 fêmeas que apresentaram peso inicial de 79,3±4,0kg. Utilizou-se delineamento em blocos casualizados (peso inicial) em esquema fatorial 2 × 4 + 2, sendo duas categorias sexuais (macho castrado e fêmea), quatro níveis de glicerina bruta (50, 100, 150 e 200g/kg) e dois grupos controle (macho castrado e fêmea alimentados com dieta sem glicerina), totalizando dez tratamentos com seis repetições e a unidade experimental representada por um animal. Após o abate, foram realizadas as análises físico-químicas e centesimais dos músculos Longissimus dorsi (lombo) e Semimembranosus (pernil) do lado esquerdo das carcaças. Os resultados mostraram interação entre os níveis de glicerina e sexo para a intensidade de vermelho e cinzas no pernil. Observou-se que, nos corte do lombo, o pH final dos machos castrados foi maior do que o das fêmeas suínas. Os resultados indicaram que suínos machos castrados apresentaram maior teor de extrato etéreo no pernil e no lombo quando comparados às fêmeas. No pernil, o teor de cinzas das fêmeas suínas foi superior ao dos machos castrados. Entretanto, no lombo, não se verificou influência dos níveis de glicerina sobre a composição centesimal. Contudo, apesar de o uso da glicerina ter ocasionado modificação na cor vermelha e teor de cinzas no pernil de machos castrados, de forma geral não provocou mudanças relevantes sobre as características físico-químicas e centesimais da carne de suínos, podendo ser utilizada até o nível de 200g/kg na alimentação desses animais.(AU)

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