VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1569-1576

Desenvolvimento e avaliação de uma nova vacina para Mycoplasma gallisepticum

Moura, LDohms, JAlmeida, J. MFerreira, P. SBiffi, C. PBackes, R. G

Os genes mgc1 e mgc2, codificadores de duas proteínas de adesão (MGC1 e MGC2) da bactéria Mycoplasma gallisepticum, foram clonados em E. coli. Dezessete grupos de aves livres de patógenos específicos (SPF), com quatro semanas de idade, foram inoculados com uma emulsão oleosa contendo as proteínas MGC1 e MGC2 purificadas. Seis concentrações (50, 100, 200, 400, 800, e 1000µg/ave) foram testadas com duas doses idênticas, às quatro e sete semanas de vida, respectivamente. Além disso, grupos controles foram avaliados com uma vacina comercial contra micoplasmose aviária, membrana de MG, grupo sem vacina/sem desafio, grupo vacina oleosa de MGC1 sem desafio, grupo com vacina oleosa de MGC2 sem desafio, grupo desafiado mas sem vacina. Três semanas após a segunda e a última vacinação, 50% dos animais dos grupos tratamentos foram desafiados com a cepa S6 de MG. O restante dos animais foi deixado como contato para averiguar proteção contra a transmissão horizontal da doença. Amostras de sangue de todas as aves foram coletadas antes das vacinações, do desafio e da eutanásia. As aves eram negativas para MG às quatro semanas de vida, conforme visto na aglutinação em placa. Na necropsia, tecidos (traqueia, pulmão e sacos aéreos) foram coletados para exame histopatológico. Suabes da traqueia foram utilizados para a PCR. Os resultados do ELISA demonstraram forte resposta imune contra as duas proteínas testadas e resposta similar independentemente do número de doses, provando a sua capacidade imunogênica. Porém, esta resposta humoral gerada foi incapaz de prevenir a infecção e a doença após desafio, conforme demonstrado pelos exames PCR e histopatológico. Aves-contato, inoculadas com MGC1, demonstraram estar infectadas nas análises de PCR. Além disso, os resultados do histopatológico e ELISA sugerem que os animais-contato não tiveram tempo suficiente para demonstrar lesões ou resposta imune.(AU)

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