VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1375-1380

Efeito do estradiol e da progesterona no desenvolvimento e na qualidade de embriões bovinos produzidos in vitro

Reis, A. NSilva, L. K. XSilva, A. O. ASousa, J. SVale, W. G

Avaliaram-se o desenvolvimento e a qualidade de embriões bovinos, cocultivados com células epiteliais do oviduto bovino (CEOBs) expostas ou não ao estradiol e à progesterona. Os ovócitos foram maturados in vitro por 24h e, então, fertilizados utilizando-se sêmen congelado, em estufa de CO2 a 5 por cento e 38,5ºC. As CEOBs foram cultivadas em TCM-199 com ou sem estradiol (E2) (24 horas), nas mesmas condições da maturação e fertilização in vitro (MIV e FIV), e, em seguida, adicionadas aos diferentes grupos em CR2 com ou sem progesterona (P4) (G1=P4+E2); (G2=E2); (G3=P4) e (G4=controle). Após 18h da FIV, as células foram cultivadas nos diferentes sistemas. Nenhuma diferença (P>0,05) foi observada nas taxas de clivagem entre G1, G2 e G4 (53,5 por cento; 56,3 por cento; 51,7 por cento) e nos padrões de blastocistos (BLs) (29,3 por cento; 31,2 por cento, 28,7 por cento). Índices menores (P<0,05) foram obtidos no G3 para ambas as variáveis (34,5 por cento; 16,4 por cento). G1 e G2 apresentaram taxas de eclosão maiores (P<0,05) que os outros grupos (23,3 por cento; 23,2 por cento), sendo G4 (19,3 por cento) diferente de G3 (16,1 por cento). Em G1, G2 e G3, o número de células nos BLs aumentou 125,9; 128,4 e 123,6, respectivamente (P<0,05), em relação ao G4 (112,5). Conclui-se que o tratamento das CEOBs com o E2, nas primeiras 24 horas de cultivo, pode ser usado isoladamente ou em combinação com a progesterona, a fim de melhorar a qualidade de embriões bovinos produzidos in vitro.(AU)

Texto completo