VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 109-117

Situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado de Sergipe

Silva, V. G. S. ODias, R. AFerreira, FAmaku, MCosta, E. L. SLôbo, J. RFigueiredo, V. C. FGonçalves, V. S. PFerreira Neto, J. S

Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado de Sergipe. O Estado foi estratificado em dois circuitos produtores. Em cada circuito produtor foram amostradas aleatoriamente cerca de 300 propriedades e, dentro dessas foi escolhido de forma aleatória um número pré-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total foram amostrados 4.757 animais, provenientes de 590 propriedades. Em cada propriedade amostrada foi aplicado um questionário epidemiológico para verificar o tipo de exploração da propriedade e as práticas zootécnicas e sanitárias que poderiam estar associadas ao risco de infecção pela doença. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antígeno acidificado tamponado e a confirmação dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo, se pelo menos um animal foi reagente às duas provas sorológicas. A prevalência de focos e a de animais foram: 12,6 por cento [9,2-16,0 por cento] e 3,4 por cento [2,3-4,4 por cento], respectivamente. As prevalências de focos e de animais infectados para os circuitos pecuários foram: circuito 1, 11,1 por cento [7,9-15,0 por cento] e 2,6 por cento [1,6-3,5 por cento]; circuito 2, 12,9 por cento [9,1-17,6 por cento] e 6,2 por cento [3,0-9,5 por cento]. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados à condição de foco foram: assistência veterinária (OR= 2,89 [1,15-7,23]), tamanho do rebanho ≥30 fêmeas adultas (OR= 1,88 [1,07-3,28]) e uso de inseminação artificial (OR= 1,92 [0,84-4,38]).(AU)

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