VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 249-259

ADESÃO LEUCOCITÁRIA NA MEDICINA VETERINÁRIA: ASPECTOS MOLECULARES E ENFERMIDADES RELACIONADAS

Célia Sousa Nunes-Pinheiro, DianaJonas Lemos Santos, Glauco

Adesão leucocitária é um evento fundamental para o processo inflamatório, culminando com o carreamento de células de defesa mediante ação de citocinas e moléculas de adesão que irão debelar o agente infeccioso. Dentre as moléculas de adesão, quatro grandes famílias se destacam: as integrinas, imunoglobulinas, selectinas e caderinas. Essas moléculas coordenam as várias fases da adesão leucocitária ao endotélio, promovendo rápida regulação de interações adesivas entre as células sanguíneas e o endotélio. Na presença de agentes moduladores como fármacos, alterações genéticas, patógenos, padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs) e padrões moleculares associados ao dano tecidual (DAMPs), há liberação de citocinas e alarminas que por sua vez suscitam uma resposta por parte do organismo. Muitas substâncias e fármacos alteram a adesão leucocitária, como: anticoagulantes, corticóides e anti-inflamatórios não-esteroidais. Enfermidades que acometem os animais podem ser relacionadas à adesão leucocitária de duas formas: doenças que suscitem processo inflamatório que levem à migração de leucócitos (como doenças infecciosas e neoplasias) ou por um restrito grupo de doenças que inibem a adesão leucocitária. Alguns testes in vitro para avaliar a capacidade migratória dos leucócitos podem ser realizados, tais como os testes de quimiotaxia, de análise de mutações pontuais em moléculas

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