Biorremediação de solo arenoso contaminado por diesel/biodiesel em microcosmo:avaliação de bioenriquecimento fúngico e atenuação natural
Anjos, Noelly Almeida dosLima, Suzy Darley deRothebarth, Ana Vitória de PaulaLima, Zoraidy Marques deCaixeta, Danila SoaresMorais, Eduardo Beraldo de
Biodiesel é um combustível renovável utilizado como fonte energética alternativa ao diesel e é comercializado misturado a esse combustível. Assim como o diesel, derramamentos de biodiesel são fontes de contaminação dos ecossistemas, sendo necessário aplicar estratégias para a remediação. A biorremediação é uma tecnologia que vem sendo aplicada com sucesso para remediar ambientes contaminados com hidrocarbonetos. Neste trabalho, o bioenriquecimento fúngico foi comparado à atenuação natural durante a biorremediação de um solo arenoso contaminado com diesel, biodiesel e misturas (B20 e B50). Ensaios respirométricos foram efetuados, utilizando respirômetros de Bartha para avaliar a produção microbiana de CO2 no solo contaminado. Penicillium sp. AV4, isolado de efluentes de usina de biodiesel, possui a capacidade de degradar os combustíveis e foi usado no bioenriquecimento. Após 111 dias, a evolução de CO2 devido à atividade microbiana no solo não apresentou diferença estatística entre o bioenriquecimento fúngico e a atenuação natural, considerando todos os combustíveis. A ineficácia do fungo pode estar relacionada com sua incapacidade de competir com os microrganismos do solo e/ou expressar sua atividade metabólica degradadora. Durante a atenuação natural, B50 demonstrou maior produção de CO2, seguido por B100, B20 e diesel, o qual é menos biodegradável. Do ponto de vista da biodegradação, o biodiesel pode ser mais facilmente biorremediado do que o diesel.
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