VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 866-873

Reação histopatológica sobre a superfície de próteses cobertas por espuma de silicone e poliuretano implantadas em ratos

Wagenführ-Júnior, JorgeRibas Filho, Jurandir MarcondesNascimento, Marcelo Mazza doRibas, Fernanda MarcondesWanka, Marcus ViníciusGodoi, Andressa de Lima

OBJETIVOS: Avaliar, em relação ao uso de próteses, se a espuma de poliuretano apresenta maior reação de corpo estranho no organismo ao ser comparada com a espuma de silicone. Se há diferenças na vascularização das cápsulas formada ao redor das duas espumas implantadas. Se as cápsulas dos implantes de espuma de poliuretano apresentam quantidade maior de fibras colágenas ao serem comparadas com as da espuma de silicone. MÉTODOS: Utilizou-se 64 ratos albinos da linhagem Wistar, distribuídos em dois grupos de 34, grupo espuma de poliuretano e grupo espuma de silicone e receberam implantes discóides subcutâneos em seu dorso. Foram analisadas as cápsulas peri-implante com 28 dias, dois, três e seis meses após a introdução. A análise microscópica com H&E considerou as variáveis: inflamação aguda, inflamação crônica, reação de corpo estranho e neoformação vascular. A análise da coloração com picrosirius-red usando ImageProPlus considerou o número de vasos e colágeno tipo I e tipo III. RESULTADOS: Em relação à inflamação aguda e crônica, não foram encontradas diferenças estatísticas nos dois grupos. Todos os animais do grupo poliuretano, em todos os momentos, apresentaram reação de corpo estranho moderada ou intensa e foi encontrada diferença estatística significativa (p=0,046) ao serem comparados com o grupo silicone, cuja reação era ausente ou discreta aos dois meses. A neoformação vascular apresentou diferenças significativas nos dois grupos, aos 28 dias (p=0,0002); o grupo poliuretano com H&E apresentava quantidade maior de vasos neoformados e o mesmo ocorrendo com o picrosirius, cujo número de vasos era maior que no grupo silicone (p=0,001). A área de colágeno em todos os momentos foi maior no grupo poliuretano, sendo significativa com 28 dias (p=0,001) e com dois meses (p=0,030). CONCLUSÕES: A espuma de poliuretano apresentou maior reação de corpo estranho no organismo do que a espuma de silicone. A quantidade de vasos foi maior na cápsula da espuma de poliuretano com 28 dias após o implante. Aos 28 dias as cápsulas dos implantes de espuma de poliuretano apresentaram quantidade significativamente maior de colágeno do que as de espuma de silicone.(AU)

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