VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 502-506

Avaliação histológica e histomorfométrica da retina de camundongos infectados pelo Schistosoma mansoni na forma hepatoesplênica

Remígio, Maria Cecília de AguiarBrandt, Carlos TeixeiraPontes Filho, Nicodemos Teles deAlbuquerque, Monica Camelo Pessoa de Azevedo

OBJETIVO: Avaliar as repercussões da esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica na retina de camundongos. MÉTODOS: Foi realizado estudo com dois grupos de camundongos, sendo um infectado com 40 cercárias do Schistosoma mansoni. Decorridos 120 dias da infecção, os olhos foram submetidos à análise microscópica da retina com descrição dos achados histológicos e realizada análise histomorfométrica com mensuração da espessura de segmento retiniano e do número de células da camada ganglionar. RESULTADOS: Em um caso foi encontrado um granuloma retiniano. Já a análise dos demais cortes histológicos demonstrou uma arquitetura normal da retina. A média da espessura dos segmentos retinianos entre os grupos de camundongos, controle e infectado, foi similar (41,81±6,09µm versus 38,48±8,58µm - p=0,279) assim como a média do número de células da camada ganglionar (20,93±4,88 versus 20,64±4,10 - p=0,864). : A estrutura da retina encontrava-se íntegra e a análise histomorfométrica não revelava diferença significante entre os dois grupos. CONCLUSÃO: A ausência de alterações, neste estudo, não afasta a possibilidade de que desequilíbrios hemodinâmicos e no mecanismo de autoregulação, em portadores da forma hepatoesplênica da esquistossomose, possam acarretar dano retiniano. Demanda, entretanto, que outras metodologias com indução da infecção com uma maior carga parasitária sejam realizadas.(AU)

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