VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 311-315

Uso do rocurônio em tartaruga da Amazônia Podocnemis expansa (Schweigger, 1812) (Testudines, Podocnemididae)

Bosso, Andréa Cristina ScarpaSantos, André Luiz QuagliattoBrito, Fernando Moraes MachadoAlves Júnior, José Roberto FerreiraGuimarães, Ednaldo Carvalho

OBJETIVO: Determinar se o rocurônio promove imobilização segura e de curta duração em Podocnemis expansa. MÉTODOS: Vinte P. expansa com média de peso 1,59 ± 0,28 kg, foram submetidas a dois protocolos: G1 recebeu rocurônio 0,25 mg/kg IM e neostigmina 0,07 mg/kg IM enquanto G2 rocurônio 0,50 mg/kg IM e neostigmina 0,07 mg/kg IM, aplicados no membro torácico esquerdo e direito, respectivamente. Observaram-se os parâmetros anestésicos: freqüência respiratória e cardíaca, reflexo de endireitamento, relaxamento do esfíncter da cloaca, reflexo palpebral e pupilar, facilidade de manipulação, relaxamento muscular, locomoção, resposta aos estímulos dolorosos no membro torácico direito, nos membros pelvinos e na cauda, temperatura e umidade ambiental. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatísticas entre as doses para a maioria dos parâmetros e o G1 foi tão eficiente quanto o G2. Um bloqueio neuromuscular consistente foi observado aos 12 ± 4,21 minutos tanto no G1 como no G2. A recuperação de todos os animais ocorreu em até 150 minutos. CONCLUSÕES: Administração de rocurônio nas doses 0,25 e 0,50 mg/kg IM é segura e efetiva para os procedimentos clínicos ou pré-anestésicos em P. expansa. Como o rocurônio não produz efeitos sedativos ou analgésicos, a duração do bloqueio neuromuscular sem anestesia deverá ser minimizado para evitar estresse.(AU)

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