VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 14-25

Extrato de Passiflora edulis na cicatrização de anastomose colônica em ratos: estudo morfológico e tensiométrico

Bezerra, José Antonio FerreiraCampos, Antonio Carlos LVasconcelos, Paulo Roberto Leitão deNicareta, Jean RicardoRibeiro, Elaine RossiSebastião, Ana Paula MartinsUrdiales, Akihito Inca AMoreira, MarlusBorges, Alessandra Miguel

INTRODUÇÃO: Pesquisas de novas substâncias com finalidades terapêuticas têm sido realizadas procurando isolar, extrair ou purificar novos compostos de origem vegetal. A Passiflora edulis (maracujá), espécie pertencente à família Passifloracea, originária das regiões tropicais e subtropicais do continente americano, é popularmente usada como sedativo, analgésico e antinflamatório e no tratamento de lesões cutâneas, feridas e erisipelas. OBJETIVO: Avaliar a cicatrização de anastomoses colônicas em ratos, que receberam extrato hidroalcoólico de Passiflora edulis no trans-operatório. MÉTODOS: Foram utilizados 40 ratos Wistar, distribuídos em dois grupos de 20 animais cada, denominados: grupo Passiflora (GP) e grupo controle (GC). Os ratos de cada grupo foram separados em dois subgrupos de 10 animais cada, avaliados no 3º e 7º dia do pós-operatório. O procedimento cirúrgico constou de secção da alça colônica esquerda, 5cm acima da reflexão peritoneal com preservação da arcada vascular e anastomose término-terminal em plano único. O grupo Passiflora recebeu dose única intraperitoneal do extrato hidroalcoólico de Passiflora edulis na dose de 250 mg/Kg. O grupo controle recebeu dose única de solução salina intraperitoneal em volume igual ao GP. Os parâmetros avaliados foram: aspectos macroscópicos da parede e cavidade abdominal, aderências perianastomóticas, pressão de ruptura à insuflação de ar, reação inflamatória tecidual da anastomose que constou de polimorfonucleares, monomorfonucleares e proliferação fibroblástica. RESULTADOS: Os aspectos macroscópicos não apresentaram diferenças significantes entre os grupos. Não ocorreu nenhuma deiscência de anastomose nos grupos estudados. Com relação à pressão de ruptura à insuflação de ar, observou-se que a média foi significantemente maior no subgrupo que recebeu o extrato de Passiflora no 3º dia (P3), cuja pressão foi 42,6 ± 17,8 mmHg em comparação ao subgrupo controle (C3), cuja pressão foi 25,4 ± 14,1 mmHg, p=0,028...(AU)

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