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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Influência do corticóide na cicatrização da anastomose traqueal sob tensão em cães

Alberto Almeida de Araújo, CarlosLamartine de Andrade Aguiar, JoséPignataro Lima, FranciscoMedeiros de Azevêdo, Ítaloda Cunha Medeiros, Aldo

OBJETIVO: Trabalho com o objetivo de analisar a freqüência e intensidade de estenose traqueal após ressecção e anastomose sob tensão; ação da metilprednisolona como agente profilático da estenose traqueal e a caracterização dos fenômenos da cicatrização com e sem o uso de corticóide. MÉTODOS: Foram utilidados 20 cães mestiços pesando 13± 5 Kg divididos aleatoriamente em dois grupos. No grupo A(n=10) não foi usado corticóide (controle). No grupo B foi usada a metilprednisolona IM na dose 10mg/Kg. Sob anestesia geral com intubação orotraqueal foram ressecados 3 anéis traqueais de todos animais, de modo que a força para aproximação das extremidades da traquéia foi uniformemente de 300gf. Após 30 dias de observação os animais foram tratados com dose letal de anestésico e KCl, quando foi ressecada a traquéia para medida dos diâmetros internos da anastomose e da traquéia normal, com auxílio de paquímetro digital. Na análise histopatológica com as colorações HE e tricrômico de Masson utilizou-se sistema digitalizado para quantificar as estruturas dos tecidos em cicatrização. RESULTADOS: Foi observado maior índice de estenose da traquéia no grupo A que não utilizou corticóide, do que no grupo B, com diferença significante (p 0,01). A reação inflamatória, formação de fibras colágenas e de fibroblastos ocorreu com densidade média mais intensa no grupo A, caracterizando uma diferença significante (p 0,01). CONCLUSÃO: Os dados permitem concluir que o uso da metilprednisolona em cães submetidos a ressecção de traquéia e anastomose sob tensão contribuiu para diminuir a intensidade e frequência da estenose na zona da anastomose e fez reduzir a reação inflamatória nos tecidos em cicatrização.

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