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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Octreotida no tratamento de fístulas entéricas de ratos

da Cunha Medeiros, AldoMedeiros Cunha de Melo, NaraMaria de Brito Macedo, LidianeCoutinho de Medeiros, IvanildoMedeiros Dantas Filho, AntônioAires Neto, Tertuliano

Somatostatina e seu análogo sintético octreotida são as drogas mais amplamente utilizadas para tratar fístulas enterocutâneas. Todavia, as evidências suportando seu uso ainda são insuficientes. Objetivo: Investigar os efeitos terapêuticos de octreotida em um modelo experimental de fístula enterocutânea. Métodos: Em trinta ratos machos Wistar com peso 210± 17g foi confeccionada cirurgicamente uma fístula jejunocutânea. Os animais foram aleatoriamente divididos em três grupos de dez. No grupo A, administrou-se uma dose única diária de octreotida (4 mig/kg/peso corporal/SC) enquanto no grupo B injetou-se por via SC solução salina a 0,9% em quantidade idêntica à utilizada para veicular octreotida. O grupo C serviu de controle. Os roedores foram inspecionados a respeito do volume diário do débito das fístulas, tempo necessário para sua cicatrização espontânea, avaliação clínico-bioquímica, hematológica e nutricional. Resultados: Os ratos tratados com octreotida não tiveram significantes alterações clínico-bioquímicas ou ponderais quando comparados ao controle (sem fístula) e cicatrizaram as fístulas espontaneamente em um tempo significativamente menor (3,8 ± 1,6 dias) que os do grupo B (15,3 ± 4,5 dias) (p 0,05). No grupo B verificou-se queda ponderal média de 60% ao final da pesquisa, com 40% dos animais exibindo caquexia, anemia, hipoglobulinemia e hipoalbuminemia. Conclusão: A octreotida foi superior ao placebo e permitem afirmar que, segundo as estritas condições do experimento, o fármaco foi eficaz na cicatrização de fístulas enterocutâneas não complicadas de ratos.

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