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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Estudo eletroforético da dinâmica de variação genética em três taxa ribeirinhos ao longo do rio Solimões, América do Sul

J. Hill, RobertT. Prance, GhilleanA. Mori, ScottC. Steward, WilliamShimabukuru, DarcyBernardi, João

Resumo Ao longo de um trecho de 2.174 km do rio Solimões, partindo de Iquitos. Peru, a Manaus, Brasil, foi realizado um estudo eletroforético para determinação da quantidade de variação genética em três taxa de leguminosas (Aeschynomene sensitiva Sw. var. amazonica Rudd, Papilionoideae; Mimosa Pigra L., Mimosoideae). A variabilidade genética foi expressa em termos de: 1) grau de polimorfismo enzimático (P'), e 2) heterozigosidade populacional média (H'). Foram examinados cinco sistemas enzimáticos: leucina-aminopeptidase (LAP), glutamato-dehidrogenase (GDH). fosfoglucomutase (PGM), fosfoglucoisomerase (PGI), e fosfatase ácida (AcPH). Os taxa ribeirinhos apresentam condições excepcionais para estudos experimentais sobre biologia de população e evolução. A origem, perpetuação e dinâmica de variação gênica intra e interpopulacional são usadas como indicadores de mudança evolutiva. O fluxo gênico entre essas leguminosas entomolfílicas e dispersas na água é unidirecional e linear, com fluxo regressivo mínimo por vetores de pólen. Entre as enzimas examinadas, LAP foi um monômero para todos os três taxa, com valores polimórficos baixos. AcPH, outro monômero codominante, não apresentou fração isoenzimática detectável, situação semelhante à encontrada em sistemas PGM. PGI é um sistema muito complexo controlado por diversos loci. GDH é monomórfico, com uma faixa detectável. O polimorfismo médio para os dois taxa de Aeschynomene é 21.3% (P' = 0.213). e para Mimosa é 24.% (P' = 0.245). A heterozigosidade populacional média (estatística Nei H') variou entre 0.10 e 0.43 para Aeschynomene Esse valor foi significativamente maior para Mimosa, variando entre 0.33 e 0.50. Os índices de heterozigosidade e de similaridade genética, os padrões demográficos e a biologia, indicam uma estreita correlação entre a variabilidade genética e a estratégia adaptativa. As populações com alta probabilidade de extinção são mais homozigóticas do que aquelas com maior probabilidade de sobrevivência. A homozigosidade é favorecida em populações que sofrem perturbações ao longo do rio Solimões.

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