Restrição alimentar na larvicultura de tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) criados em diferentes salinidades
BANGO, Arminda AlexandreGONÇALVES JUNIOR, Lucas PedroFREITAS, Thiago Mendes deCARMO, Iracimar Batista doSILVA, Lorena Ianka Pontes daMOURA, Ana Carolina NogueiraKOJIMA, Juliana Tomomi
RESUMO Dada a crescente demanda por tambaqui (Colossoma macropomum), protocolos economicamente sustentáveis que garantam qualidade no estágio larval são altamente necessários. A larvicultura em ambiente de baixa salinidade pode ser usada para reduzir a taxa diária de alimentação, reduzindo assim os custos. A restrição alimentar pode causar uma diminuição no crescimento dos peixes, mas não prejudica sua capacidade de crescer se as condições adequadas de alimentação forem restabelecidas e se a restrição não for mantida por muito tempo. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da restrição de alimento vivo no desempenho zootécnico e na morfometria muscular de larvas de tambaqui criadas em diferentes salinidades. Foram distribuídas 9600 larvas em dezesseis tanques de 60 L, em esquema fatorial 2x2, com dois tratamentos, salinidade 0 e 2 g L-1 (S0, S2) com restrição alimentar de 50% e sem restrição alimentar (FR 50% e FR 0 %) de náuplios de Artemia. Após 15 dias, não houve interação dos fatores avaliados no desempenho zootécnico e fibras musculares das classes 10, 30, 40 e 50. No entanto, a análise dos fatores isolados demonstrou que a menor taxa de alimentação reduziu o desempenho das larvas, enquanto a salinidade influenciou positivamente as variáveis de desempenho, sobrevivência e aumentou a hiperplasia de fibras musculares da classe 20 em larvas submetidas à restrição alimentar. Conclui-se que a privação de alimento vivo em até 50% reduz os índices de desempenho sem comprometer a sobrevivência. Porém, para manutenção do crescimento e desenvolvimento da musculatura esquelética, a água salinizada pode ser aplicada como estratégia em situações de escassez de alimento vivo.
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