VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 427-434

Biologia reprodutiva em Amasonia obovata Gleason (Laminaceae)

Schvinn, Thays de AssisFernandes de Miranda, AndersonAlexandre Silva, Celice

Mecanismos florais que garantem produção de sementes via autogamia, são mais prováveis de ocorrer em espécies que crescem em habitats onde a polinização é escassa. Amasonia obovata foi estudada na região sudoeste do estado de Mato Grosso, durante os anos de 2009 a 2012, e o estudo teve por objetivo analisar as características morfológicas, morfométricas e reprodutivas, além de associar o sucesso reprodutivo à frequência de polinizadores. A. obovata concentrou a floração e frutificação em um período de cinco meses, durante a estação chuvosa. A dicogamia em flores de A. obovata não está claramente demarcada, já que as funções sexuais se sobrepõem nas fases masculina e feminina. A espécie é autocompatível e não apomítica. Os valores percentuais de frutificação obtidos na autopolinização manual não diferiram dos valores obtidos na polinização cruzada (F= 0,74; P=0,39). Em observações realizadas nos anos de 2010 a 2012, o beija-flor (Thalurania furcata) realizou de 20 a 100% de visitas legítimas às flores nas fases masculina e feminina, de diferentes indivíduos de A. obovata e, devido à sua frequência, foi considerado o potencial polinizador da espécie. Os resultados mostram que a limitada disponibilidade de polinizadores pode selecionar plantas de características florais e estratégias de reprodução que levam a um sistema reprodutivo autogâmico.(AU)

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