VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 279-286

Ictiometria e bioimpedância elétrica para estimativa da composição corporal do tambatinga

Andrade, Francisco TeixeiraAbreu, Márvio Lobão Teixeira deBatista Lopes, JoãoFigueiredo, Agustinho Valente deAraripe, Maria de Nazaré Bona AlencarFerreira, Antônio Hosmylton Carvalho

Analisar composição corporal é relevante para caracterizar necessidades nutricionais e fase de terminação de peixes. Objetivou-se estudar a relação entre variáveis ictiométricas (peso, comprimentos total e padrão, densidade e rendimentos), bromatológicas (gordura, proteína, cinza e umidade) e aquelas da análise por bioimpedância ou BIA (resistência, reatância, ângulo de fase e índices de composição), no híbrido tambatinga (Colossoma macropomum x Piaractus brachypomus). Em um viveiro não fertilizado, 520 juvenis foram cultivados com ração comercial. Com idade de 136 dias após a eclosão dos ovos, 37,69 g de peso, 12,96 cm de comprimento total, 15 peixes, colhidos ao acaso, foram anestesiados (eugenol) e submetidos à primeira de quatorze avaliações quinzenais (BIA e biometria). Após eutanásia foram dissecados e pesados: carcaça inteira com cabeça, filé e pele (CICFP), filé com pele (FCP) e resto da carcaça com cabeça (CCC). Juntos, FCP e CCC foram moídos e homogeneizados para análise bromatológica. Estimativas da composição corporal e de rendimentos do tambatinga, com modelos incluindo variáveis ictiométricas e da BIA, apresentaram coeficientes de correlação entre 0,81 (para o rendimento do FCP) e 1,00 (para cinzas totais). Analogamente, modelos com a inclusão apenas de variáveis da BIA mostram coeficientes de correlação entre 0,81 (rendimento do FCP e do CCC) e 0,98 (para cinzas totais). Portanto, no tambatinga, a técnica da BIA possibilita a estimativa do rendimento de filé com pele e composição corporal (umidade, gordura, cinza e proteína). Os melhores modelos agregam variáveis ictiométricas e da BIA.(AU)

Texto completo